Entre nós e por nós
Você precisa de um amor?
02-03-2011 21:36———
Quem Sou Eu?
27-01-2011 10:16———
Filhos de Pastores - depoimento e análise de uma FIPA
22-01-2011 21:53———
Há Algo errado em ser Filho de Pastor?
01-01-2011 23:30———
SOCORRO, ROUBARAM MEU PAI!
10-12-2010 20:32———
Você tem nome?
29-11-2010 14:19———
Onde foi que eu errei?
04-11-2010 15:17———
Entre nós e por nós
Você precisa de um amor?
02-03-2011 21:36VOCÊ ME AMA?
Por Thiago Teodoro, extraído de seu blog: https://thiagoteodoro.wordpress.com/2011/02/26/voce-me-ama/
Nunca foi tão fácil estar em contato com pessoas do mundo todo, e as distâncias desse mundo nunca foram tão “pequenas” como hoje são. Fico imaginando a reação daqueles que nos antecederam se tivessem apenas
vislumbrado este mundo totalmente interligado em que hoje vivemos. Você pode escrever e ser respondido, falar e ser ouvido, ver e ser visto imediatamente sem, se quer, se levantar desta cadeira onde você está agora. Não é incrível tudo isso se comparado à realidade de poucos séculos atrás? Porém, se aqueles que nos antecederam tivessem vislumbrado a “pequena ilha” em que o mundo se tornaria, se decepcionariam com a grande ironia que vivemos. Porque o objetivo das relações interpessoais não é plenamente alcançado se essas relações não satisfazem.
O que nos distancia de conhecer e manter contato com uma quantidade quase infinita de pessoas são apenas alguns toques num teclado confortável e disposto bem à nossa frente. No entanto, as pessoas da nossa geração continuam tão carentes de emoções (e de respostas às suas próprias emoções) quanto aquelas que viveram num mundo assustadoramente limitado, se comparado ao nosso. É realmente irônico, não? Tenho observado tudo isso e concluo que somos necessitados de algo que não podemos encontrar nas multidões que estão à nossa disposição, em contatos superficiais e nos grupos sociais em que as pessoas são reduzidas a papeis já estabelecidos de uma grande peça. A natureza que recebemos nos condiciona a completar-nos apenas quando encontramos isto: amor!
Onde está a ruptura nesse “cabo” pelo qual deveríamos mandar e receber o que necessitam e o que necessitamos ao apenas nos conectarmos com as tantas pessoas selecionadas e disponíveis em nossos canais de comunicação? Talvez a ruptura esteja no fato de a maior parte do que damos e recebemos nesse mundo vasto e moderno da comunicação ser apenas superficial e descompromissada, enquanto nos iludimos ao crer que essa parte é verdadeira e suficiente. Assim, sempre fica a dúvida (para os dois pólos da comunicação estabelecida) se há ou não sentimentos verdadeiros. É aí que a dúvida incita as pessoas a questionarem: Você me ama? E, se restam dúvidas, então já não há confiança e, se não há confiança, também não pode haver realização e amor.
Não nos envolvemos com as pessoas (principalmente com familiares, amigos e cônjugues) apenas por necessidades de sobrevivência (como aprendemos, friamente, nas aulas de Sociologia). Nos estabelecemos como sociedade por causa, também, dessa nossa necessidade natural de dar e receber afeto, e é impossível concluir essa “transmissão” se o “cabo” possui a ruptura da superficialidade e do descomprometimento. Ninguém é capaz de enganar a si mesmo por muito tempo com a ideia de amar e de ser amado se não pode ousar a chamar este amor de seu!
Enquanto não podemos ver alguém como “nosso” ainda não há comprometimento e profundidade o suficiente nessa relação para que nos sintamos plenos. Quando dizemos MEU amigo, MINHA mãe, MEU pai, MINHA namorada, confessamos publicamente um vínculo – ainda que não coloquemos a palavra “amor” na mesma frase – e sem esse vínculo não é possível haver comunhão! Nada seria mais perfeito neste momento do que tomar o amor de Deus como um grande exemplo disso. Em Jeremias 33: 38 e 41 Deus diz isto a respeito do seu povo: “E eles serão o meu povo, e eu lhes serei o seu Deus; E alegrar-me-ei deles, fazendo-lhes bem; e plantá-los-ei nesta terra firmemente, com todo o meu coração e com toda a minha alma”. Observe que Deus não disse “eu amo o meu povo” mas ele disse “meu” povo, se apresentando como o Deus deles, e testificando do seu amor através da prática: “…fazendo-lhes bem”.
Uma das coisas incríveis na personalidade desafiadora de Deus, descritas nos textos bíblicos, é que, nem sempre, Ele se manifesta no nosso cotidiano dizendo “ei, eu amo você”, mas sempre demonstrando isso através de ATITUDES práticas. Só palavras não bastam para amar e não satisfazem as pessoas por muito tempo. Você pode estar cercado de pessoas que te amam, mas que não te dizem isso todos os dias, porque te amam de forma tão sincera que, naturalmente, darão amor a você através de suas atitudes. E, assim como precisamos reconhecer isso no amor de Deus, também temos que reconhecer isso no amor das pessoas para que saibamos que somos amados. Até mesmo porque a forma mais natural de Deus nos dar do seu
amor é através das mãos, do abraço, dos passos e dos olhares das pessoas que Ele coloca em nosso caminho. Neste mundo tão vasto de possibilidades para se comunicar e manter contatos a única forma de você se satisfazer como gente é preservando, sabiamente, o seu coração; sabendo reconhecer de onde vem amor de verdade pra você (independente se as pessoas estão, geograficamente, distantes ou se são aquelas que comem no “mesmo prato” todos os dias contigo).
A revelação apresentada em Colossenses 1:15 de que Jesus é a imagem visível do Deus invisível também nos ensina muito sobre essa maneira natural e prática como Deus tem nos amado e nos desafiado a amar os outros. Jesus não nos ensinou a amar encantando as pessoas com palavras, argumentos e promessas, mas nos ensinou a ter atitudes que testificam do nosso amor por elas. Jesus desafiou costumes e tradições de sua época por causa do seu amor pelas pessoas, se expôs ao perigo e à humilhação por causa do seu amor pelas pessoas e foi onde os outros jamais iriam, por causa do seu amor pelas pessoas. E o mais importante: Essas atitudes de Jesus, movidas pelo amor, mudaram a vida daquelas pessoas para sempre! O amor tem o poder de transformar, para melhor, a vida de quem o recebe. E, se damos amor, ainda que não o recebamos como uma contrapartida, ele não faltará dentro de nós, porque Deus sempre porá ao nosso lado alguém que nos ame. E ainda que esse alguém falhe em amar, Deus não falhará.
O amor de Deus para conosco é muito maior do que nossa mente limitada e nossa tradição e visão cultural pode entender. Acredito que grande parte da insatisfação que vivemos se deve ao fato de depositarmos nas pessoas uma responsabilidade a qual elas não podem assumir. Esperamos receber das pessoas um amor perfeito e que nos complete, mas isso é apenas utopia, porque ninguém pode dar aquilo que não tem! Amor isento de falhas é somente o amor que podemos receber de Deus ao deixarmos que Ele entre e faça morada em nós, porque Deus é o próprio amor (veja I João 4:8) e nós ainda estamos aprendendo a amar.
O amor que Deus nos oferece é tão sincero, incondicional, completo e inexplicável que nunca poderá ser superado ou retribuído de maneira justa. Quando eu estava compondo a música “A Graça”, que estará no nosso EP “A Experiência”, tentei espalhar essa idéia simples para as pessoas. Tenho visto muita gente procurando ganhar a atenção de Deus com suas obras, como se pudessem receber mais do amor e da graça dele por causa disso. Se esquecem de que tudo o que fazemos por Ele e para Ele é apenas uma forma prática de dizermos “obrigado” e “eu te amo”, mas não de negociarmos com Ele ou de pagá-Lo. Parte da composição de “A Graça” diz: “Jesus, eu não posso pagar o amor vertido ali. Se olharem para a cruz o áio cairá diante dela”.
Em João 21:15-17 o diálogo de Jesus com Pedro nos desafia a perceber a diferença do nosso amor, sujeito às nossas fraquezas, com o amor perfeito que Deus nos oferece. “Você me ama?” Essa foi a pergunta que Jesus fez, três vezes, para Pedro, deixando aquele discípulo triste por causa disso. Mas Jesus tinha um motivo especial para repetir essa pergunta e Pedro havia entendido o porquê disso. Oras, Pedro era o mesmo discípulo que, dias antes, havia dito para Jesus que não o negaria e que morreria com Ele se fosse preciso. “E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje, nesta noite, antes que o galo cante duas vezes, três vezes me negarás” Marcos 14:30. E foi exatamente assim que as coisas aconteceram naquela noite. E quando Pedro negou Jesus publicamente por três vezes, por medo da dor e da morte, “o Senhor voltou-se e olhou diretamente para Pedro” Lucas 22: 62a. Você pode imaginar a dor que tomou conta do coração daquele homem ao ver o olhar silencioso de Jesus diante de sua traição? A Bíblia nos diz que Pedro chorou amargamente naquele dia. Não tenho dúvida de que Pedro amava a Jesus, mas naquele momento o amor humano falhou. E, nisso, eu e você não somos diferentes de Pedro.
O mais incrível em toda essa história é que, mesmo olhando para a fraqueza daquele homem, Jesus continuou a amá-lo e demonstrou isso claramente quando, dias depois, deu a ele a chance de apagar aquele passado com a oportunidade de cobrir com o amor cada uma das três vezes que ele, Pedro, o traiu, porque “o amor cobre todos os pecados” (veja Provérbios 10:12). O amor de Deus se manifestou tão grandemente diante de Pedro que, imagino eu, surpreendeu aquele homem e marcou a vida dele para sempre. Pedro podia estar temendo um discurso irônico e de decepção, mas, ao escutar do amor de Pedro pela terceira vez, Jesus demonstrar o seu amor de forma prática. Jesus mostrou para Pedro que, por mais que o amor humano fosse sujeito a falhas, o amor de Deus jamais mudaria por ele. E então Jesus lhe demosntrou perdão e confiança, dizendo: “Cuide das minhas ovelhas” (ver João 21:17).
Há alguns dias estive escutando e dando alguns concelhos para um amigo que tem passado por um momento muito difícil no relacionamento com sua mãe. Durante nossa conversa foi inevitável falarmos do amor de Deus. Então compartilhei com ele essa revelação grandiosa da Palavra de
Deus, a fim de transmitir esperança e paz: “Porventura pode uma mulher esquecer-se tanto de seu filho que cria, que não se compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse dele, contudo eu não me esquecerei de ti” Isaias 49:15. Há algo muito profundo sobre o amor de Deus quando Ele se apresenta como aquele que ultrapassa e supera o amor de uma mãe. A figura da mãe é o símbolo máxima do amor incondicional do ser humano. No entanto, ainda que uma mãe consiga rejeitar o filho que saiu do seu próprio ventre, Deus se apresenta como aquele que jamais se esquecerá daqueles que se tornam seus! Jesus disse: “Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora” João 6:37. Sabe quando Deus desistirá de você? Nunca! A verdade é que somos nós que nos distanciamos dele e fechamos a porta do nosso coração toda vez que lhe dizemos “não” por não crermos no seu amor e capacidade.
Componho músicas desde meus 11 anos e essa sempre foi uma forma de me comunicar com Deus. Na minha adolescência enfrentei um momento onde precisei me agarrar ao amor e à compreensão de Deus com muita força. Me lembro de que, em um daqueles dias, fiquei sozinho no segundo andar da minha casa decidido a não sair dali enquanto não composse algo sobre o que eu estava vivendo. Então as palavras começaram a preencher as melodias, exatamente assim: “Na tua mão meu nome sempre está.” Essa era, aparentemente, uma frase simples, mas aquela era a minha confissão de fé no amor de Deus revelado em Isaias 49:16, onde Deus diz: “Eis que nas palmas das minhas mãos eu te gravei; os teus muros estão continuamente diante de mim”. Deus estava fazendo uma comparação do seu amor com um costume que havia na antiguidade, onde as mães tatuavam o nome dos seus filhos na mão, como um sinal de que nunca iriam poder se esquecer deles. A versão Reina Valera traduz essa passagem para o espanhol de forma a deixar isso ainda mais claro: “He aquí que en las palmas te tengo esculpida: delante de mí están siempre tus muros”. Para Deus, é como se meu nome e o seu nome estivessem esculpidos, tatuados, escritos, em sua mão, como um sinal do que nós significamos para Ele. Você sabia que o cristianismo é a única crença que apresenta Deus ao homem como um Pai? O amor fraternal de Deus - que equivale a esse amor de mãe - é a grande revelação do evangelho e da cruz de Cristo! Ele nos amou quando ainda eramos nada para fazernos filhos seus. “Nisto está o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados”. I João 4:10
Este é o ser humano: carente de afeto, de amor, de contatos que tenham relevância, de vínculos que perdurem, dependente. E é nisso que está a nossa força: no que sentimos e podemos transmitir para as pessoas. Me lembro como me chamou a atenção uma cena que vi na animação “A Era do Gelo”, onde os animais discutem o potencial de defesa de cada animal. Ao olharem para uma criança, um humano, não encontraram, aparentemente, nada forte e único, até que a criança deu um abraço caloroso e voluntário em um daqueles animais e o fez sentir algo tão bom e que nunca havia sentido antes. Quero motivar você a prosseguir a sua vida em amor, por mais que isso possa ser desafiador e custoso. Ame as pessoas e receba o que, de bom, elas podem te dar. E lembre-se sempre disso: Para cada uma de suas fraquezas o amor de Deus te dará a oportunidade de recomeçar, te perguntando outra vez: Você me ama?
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Quem Sou Eu?
27-01-2011 10:16Não sabemos se essa música foi escrita ou gravada por um fipa, mas ela tem muito a ver com o tema do nosso acamp;
Que a mensagem dela possa invadir teu coração no dia de hoje!
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Filhos de Pastores - depoimento e análise de uma FIPA
22-01-2011 21:53Filhos de Pastores
Baseada em experiência própria, teóloga avalia a vivência de fé de filhos de pastores. Em entrevista à Enfoque, a pernambucana Késia Adriany analisa a cobrança excessiva para ser ‘vitrine doutrinária’ que a família pastoral, em especial os filhos de pastores, é obrigada a ser.
A cultura popular afirma que “filho de peixe, peixinho é”. No teatro, na música ou outras profissões, a hereditariedade no talento muitas vezes ocorre muito bem. Mas quando o assunto é fé e religião, nem sempre o ditado se aplica. Como no caso de filhos de pastores que não se sentem vocacionados para o ministério pastoral, sequer chamados para serem o exemplo perfeito de quem convive em uma família de pastor.
Assim foi com a pernambucana Késia Adriany.
Natural de Serra Talhada, passou um bom tempo conhecendo o país na implantação de igrejas. Morou no Ceará, trabalhou em Juazeiro do Norte e transferiu-se para o Rio de Janeiro. A pedagoga de 33 anos, teóloga, pós-graduada em gestão educacional, conhece bem o fardo que a família pastoral carrega. Filha de pastor, com cinco irmãos, apenas ela seguiu a carreira ministerial. Os outros filhos conseguiram escapar do que chama "pressão ministerial".
Mas seu sorriso cativante de hoje esconde um passado de muitas lágrimas e cobranças. Késia, que aos 14 anos chegou a questionar a existência de Deus ao pai devido à sua insegurança cristã, resolveu reunir outras histórias tristes e colocá-las em livro. Com quase duas décadas de estudos, a teóloga presbiteriana ainda está à procura de editora. Com o esboço à mão, ela fala sobre como alguns filhos não agüentaram "ser uma vitrine doutrinária". Nesta entrevista, ela analisa a nem tão tranqüila relação de pastores e seus filhos e a conversão de fé destes. Késia demonstra sua visão bíblica e algumas respostas, não definitivas, e sinaliza alguns segredos. Ela vai além e critica as lideranças por não prepararem pastores e igrejas para lidar com esse problema.
ENFOQUE - É complicado para um filho de pastor ter sua própria experiência em Cristo?
KÉSIA ADRIANY - Penso que sim. Desde a adolescência eu percebia isso. Aos 14 anos gostava de ouvir o testemunho de conversão do meu avô. Ele cantava um hino que dizia que Jesus havia lhe tirado do lamaçal do pecado. Um dia falei à minha mãe que queria conhecer este lamaçal. Questionava como Deus me salvaria se nunca havia pecado devido à grande redoma de proteção. Eu falava a mim mesma: “Jesus morreu por mim? Por quê? Eu não fiz nada, eu não peco.” Isso precisa ser trabalhado com o filho de pastor: que há uma mensagem de salvação a ele, seja quem for, rico ou pobre. Quando esse processo de conversão aconteceu comigo, percebi quantos filhos de pastores sofriam com esse mesmo dilema.
KÉSIA ADRIANY - Eu comecei a procurar histórias de outros filhos de pastores na internet e divulguei-as entre as famílias. Logo passei a receber muitos depoimentos. Até hoje, em quase duas décadas, foram catalogadas mais de cem histórias. Algumas dessas pessoas pediam para mantê-las em sigilo. No entanto, outras pediam para divulgar tudo abertamente porque sofreram muito e não queriam que outros passassem pelos mesmos problemas. Já muitos pais também me enviaram histórias e se queixaram de que, se pudessem, começariam tudo novamente e de outra maneira.
ENFOQUE - Nesses relatos, qual foi a maior reclamação?
KÉSIA ADRIANY - Deparei com casos de filhos de pastores que, por conta dessa quase imposição para também serem pastores, assumiram igrejas e hoje são frustrados. Sentiram-se enganados. E acabaram enganando outras vidas. O púlpito não é legado de propriedade. A herança que o pai pastor deixa para o filho é uma vida honesta e íntegra diante de Deus.
Em minha pesquisa, que desemboca no livro que estou escrevendo, não questiono a educação que o pai pastor dá a seu filho e, sim, essa experiência de fé. Porque muitos filhos de pastores apenas reproduzem o que aprenderam. Cantam, louvam e até pregam. Todavia, muitos não sabem de fato quem é Deus.
ENFOQUE - Acha que isso é quase um treinamento de fé?
KÉSIA ADRIANY - Por minha experiência pessoal, posso dizer que isso é um treinamento. Alguns pais condicionam o filho a fazer aquilo. Só que em matéria de fé é diferente. É prejudicial, pois pode gerar cidadãos que enganam a si mesmos. Vestem uma carapuça que não escolheram. Sofrem com a cobrança para serem modelos de sucesso só porque seus pais foram. É uma ligação prejudicial porque mistura fé, profissão e futuro.
ENFOQUE - O que mais encontrou nesses relatos?
KÉSIA ADRIANY - Encontrei desabafos, como: “Quero ser tudo na vida quando crescer menos pastor.” E no caso das meninas, elas desprezam a idéia de serem esposas de pastor. Percebi também que muitos não tinham vida própria, não tinham nome. Eram apenas “a filha” ou “o filho do pastor”. Na minha vida, por exemplo, houve uma época em que deixei cair certas máscaras e tive coragem de assumir meus próprios erros e incertezas.
ENFOQUE - Que conseqüência essa cobrança pode gerar?
KÉSIA ADRIANY - O padrão para o pastor é muito alto. Você pode entender isso na Bíblia, no livro de Tiago, que fala que o pastor tem de ser marido de uma só mulher, educar bem sua família, etc. Isso é pesado demais para um filho, pois o pai automaticamente divide a responsabilidade de não decepcioná-lo. Pude comprovar isso em relatos. Filhos que não viam a hora de sair de casa para levar a vida de seu jeito e fugir dessa pressão.
ENFOQUE - A igreja transfere projeções de comportamento para esses filhos?
KÉSIA ADRIANY - É claro que sim. Se eu não estivesse envolvida em alguma coisa na igreja, era malvista. Isso ocorre muito em cidades do interior. Se um filho de pastor não estiver engajado, se não cantar ou não fizer parte do ministério de louvor, então ele não é “espiritual”. Assim é o mesmo com a esposa de pastor. O problema é que você se acostuma a ter de demonstrar um determinado padrão de vida e de espiritualidade e, muitas vezes, faz aquilo não para agradar a Deus, mas para não manchar a reputação do pai ou da mãe. A pessoa cresce sem perceber que adaptou-se ao meio, moldou-se às circunstâncias.
ENFOQUE - E o que se deve fazer quando acontece a queda, a falha de um filho de pastor?
KÉSIA ADRIANY - Deve-se respeitar. Emocionalmente é difícil para a família e é complicado admitir o erro. É necessário retomar de onde o problema começou e sempre optar por uma conversa franca e restauração.
ENFOQUE - Como mudar esse quadro?
KÉSIA ADRIANY - Acredito que o pastor deve dedicar um tempo para a sua família. Com base nos depoimentos de filhos de pastores equilibrados espiritualmente, entendo que é necessário que essa mensagem de fé, que é pregada na igreja, seja repetida dentro dos lares. Uma mensagem transmitida e compartilhada que dê abertura para questionamentos. Defendo os cultos domésticos. Não um culto da igreja em miniatura. Um culto onde esse filho possa orar, fazer seu pedido e estudar.
O pai pastor precisa ter o discernimento de educar seu filho, de mostrar o maravilhoso plano de salvação, sem pressionar ou induzir o filho a ser o que ele não quer ser. E que esse pai seja em casa o mesmo pastor que é na igreja.
ENFOQUE - O que representa ser filho de pastor?
KÉSIA ADRIANY - Representa ser uma bênção. É claro que é um desafio, pois ele vai lidar com cobranças de mundos diferentes. É um privilégio, acima de tudo, pois esse filho vai ter explicações espirituais dentro de casa. Aprendi muito com isso. E hoje louvo a Deus por ter sido abençoada dentro de casa. É como tivesse médico dentro do meu lar (risos).
Contatos para enviar depoimentos: kesiaadriany@hotmail.com/kesiaadriany@snt.com.br (o sigilo é garantido)
(Colaboração de Celso Francisco)
extraído do https://www.revistaenfoque.com.br/index.php?edicao=53&materia=204
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Há Algo errado em ser Filho de Pastor?
01-01-2011 23:30Rev. Ashbell Simonton Rédua*
Há algo errado em ser filho ou filha de pastor? Na busca das respostas mergulhei no site de relacionamentos “Orkut”, lendo os depoimentos que manifestam alegrias e tristezas de ser filho(a) de pastor.
Eu consigo entender um pouco da vida de um pastor, afinal sou pastor, filho de pastor e pai de um futuro pastor, porém tenho de admitir que há seus prós e contras.
Encontrei 81 comunidades que falam do assunto. A maior delas com 5.947 membros, “Filhos de Pastores”,
Filhos de Pastores
5.947 membros
Essa comunidade foi feita especialmente para aqueles que sabem o que realmente é ser um filho de pastor...heheh a loucura que eh....q soh a gente entende....fala sério.. mas d boa..tamu ae pra tud ...
Há outras: “Filho(a) de Pastor
Eu sou filho de pastor
1.681 membros
Tópicos de propaganda, principalmente as obscenas ou indecentes serão deletados! VÃO CRIAR VERGONHA NA CARA MEU AMIGO!!!
*Os participantes da comunidade, por favor, me ajudem quando virem um t ...
Muitos dos depoimentos encontrados relatam aquilo que senti na própria pele, e, vejo os meus filhos passando pelas mesmas dificuldades, porém conheço aqueles que de alguma forma se acham no direito de exigir e até explorar essa turma. Isto relacionado com a cobrança que é realmente grande e que pouca ajuda. Precisamos entender que além de receber carinho, amizade e até amor, há ausência de um ombro amigo com quem possa compartilhar e desabafar.. Existe sim, uma terrível solidão, solidão dinâmica, que é a solidão em que estamos em meio as pessoas, convivendo com as pessoas, mas que não conseguem nos ouvir! Sei das lutas também no campo espiritual, acordar sentindo opressão, desespero, tristezas as vezes até sem motivo e sem saber a razão, é aquela sensação de vazio, nostálgico.
Algumas vezes eu e meus irmãos acordávamos a noite com os soluços de nosso pai que orava pedindo a misericórdia do Senhor, dias em que estava extremamente irritado e nem sabíamos por que, talvez nem mesmo ele soubesse.
Hoje tenho 48 anos e aprendi durante a minha vida de filho de pastor que o Senhor Jesus Cristo é o único que pode nos ajudar. A maior decepção que tive em minha vida foi quando descobri que meu pai era um ser humano além de pastor. Talvez porque de alguma forma isso é exigido também dos filhos de pastor, que não enxerguem a humanidade de seus pais. Se por um lado a decepção foi grande, a oportunidade foi maior, oportunidade de aprender o que significa ser filho de pastor, e isto foi maravilhoso! Olha que por causa dessas cobranças passei 9 anos com rancor no meu coração, inconformado por ser filho de Pastor, isto era um estigma, uma tatuagem, algo que marcava a minha vida, que me sufocava, que escasseava os meus dias. Claro que um dia eu e meu pai nos reconciliamos, porque descobri que Jesus também me perdoa e que papai não é diferente de mim, ele só era “pastor”, como também sou apenas “filho de pastor”, sem nome, sem endereço, sem personalidade, apenas filho de pastor. No início não foi fácil. Afinal a família do pastor é quase que pastor também, pelo menos é assim que a igreja nos vêem. As lutas eram nossas, as orações, as dificuldades também! Amo meu pai agora mais do que nunca, apesar da tremenda saudade que sinto do pai-pastor (in memoriam). Hoje oro pelos pais-pastores e pelos filhos-pastores, faço isto diariamente como homem, como pastor, como pai e como filho de Deus.
Alguns filhos de pastores da comunidade “Filhos de Pastores” escreveram:[*]
“As Vezes vuh... heueheueheu pq qualquer coisa q agente faz assim todo muundo fala o filho do pastor... heueheueheu ai vem a parte boa... Que Minha Familia é Abençoada Coberta Pelas Mãos De Deus... Atraves da Oração De Meu Pai,Minha Mãe...e tipow minha familia toda é De Deus, Vo, Primos, Tia todos Graças a Deus...”
“Eu gosto. Mas é difícil. Deve ser igual a mesma pressão de ser um 1º filho ou princípe/princesa. Tem que ter uma estrutura emocional, uma família amorosa. Uma igreja compreensiva. Adoro as bajulações. Os presentes. Detesto as fofocas. Pegação no pé... Mas no final, as coisas boas somam mais do que as ruins.”
“Não é facil, pois na verdade fazemos parte da ... família pastoral da igreja, e muitas das vezes as pessoas a nossa volta, não nos indetificam pelo que somos, mas pelo o que o "paistor" é...rs !”
“por um lado e ruim pq somos cobrados d+ todo mundo fala q agente tem q dar + exemplo tem pessoas q dentro da igreja num gostam de vc mas tirandu tudo issu e otimo ainda + tendo os pais q eu tenho mae e pai pastores heheh ”.
“Gosto muito ...pela certeza do chamado divino na vida do meu querido pai. Tenho orgulho de ser filha não só do "rótulo" Pr. mas de um autêntico homem de Deus!!!! Que tem entregue-se a seu ministério. E por seu exemplo, somos( eu ,minha irmã e meu irmão) hoje homens e mulheres de Deus, com a chama do evangélio e com a gana de viver no centro da vontade de Deus!!! Amém”
Há alguns site interessantes que nos anima, como por exemplo o “https://www.filhosdepastores.com.br/”, quem tem o objetivo de resgatar a estima, a dignidade dos filhos de pastores.
Há filhos de pastores extraordinários, destaco o “Enos Moura Filho”, homem de Deus, que aprendeu com o Pai as alegrias e as lutas de ser “Filho de Pastor”, o Wesley Simonton, que aprendeu com o avô e agora com o pai, estas mesmas sensações, a Emily Regly, jovem fiel, líder e compromissada com o reino de Deus.
A experiência do Rev,. Antonio Elias e da irmã Maria José é marcante, diz ela com relação aos seus filhos:
“Nos sempre valorizamos muito nossos filhos. No que diz respeito a igreja, a gente deixava muito claro que nossos filhos eram como qualquer criança, tinham defeitos, mas nos estávamos ao seu lado. Um dia, alguém se queixou de nossos filhos para meu marido, mas ele respondeu: "Olha, eu estou do lado dos meus filhos. Se vocês me aceitarem com meus filhos do jeito que eles são, estarei bem aqui; se não, podem me dispensar do trabalho da igreja". A cobrança sobre filhos de pastores e muito grande, coisas como: "Você e filho do pastor, não pode fazer isso". Muitas vezes, a igreja quer determinar a maneira como a família pastoral deve educar seus filhos. Nos enfrentamos este problema muitas vezes. Na época dos Beatles, um dos nossos filhos deixou o cabelo crescer- coisa própria da idade.” [†]
Não temos o direito de estigmatizar, rotular, nomenclaturar os filhos de pastores, devemos banir no nosso linguajar expressões como:
“Filho de pastor é problemático”
Ou
“Filho de pastor, pecadorzinho é”
Ou
“Filho de pastor, não é pastorzinho”
Ou
... vocês sabem... como é mesmo que chamam o filho do pastor da sua igreja...ah... não sabe?
Ser filho de pastor é um privilégio, é algo tremendo, é ministério, é ter a oportunidade que muitos não possuem, acima de tudo é responsabilidade, é temor à Deus, é ver os milagres mais de perto, é ser testemunha de viver pela fé, testemunha ocular da fidelidade de Deus, e sentir este amor tão especial que Deus tem pela família do pastor.
Um filho de Pastor fiel e temente à Deus é sempre um referencial é abrigo no temporal.
Soli Deo Gloria
* Rev. Ashbell Simonton Rédua é pastor da Igreja Presbiteriana do Sinai em Niterói-RJ
[*] Tópico: Você gostar de ser filho de pastor?. Comunidade Filhos de Pastores. https://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=538655
[†] Dutra, Marcelo. Unidos sob a Mão de Cristo. Disponível no site: https://www.gospel.org.br/familia_pastoral/index.cgi?codigo_texto=32
Sobre o Autor
Direito, Educação, Religião, Filosofia, Teologia
Extraído e: https://www.artigos.com/artigos/humanas/relacionamentos/o-estigma-de-ser-filho%28a%29-de-pastor-1496/artigo/
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SOCORRO, ROUBARAM MEU PAI!
10-12-2010 20:32Na cabeça de qualquer bom FDP, sempre surgem perguntas como: Porque meu pai não tem tempo pra mim? Porque às vezes falo e ele não ouve? Porque eu chamo e ele não escuta? Vários ministros evangélicos do passado e não muito poucos da atualidade, enfrentaram o que descrevemos nos capítulos anteriores. Isso é fato. Envolveram-se de tal forma em seus ministérios que a atenção aos filhos se tornou equivocadamente em coisa de segundo plano.
Muitas vezes conversamos com adolescentes ou jovens FDP`s, que relatam que os pais os esqueciam dentro do carro em detrimento de reuniões demoradas em seus gabinetes. Afinal de contas, quem foi o FDP que não dormiu na porta da igreja até meia noite, aguardando terminar aquelas confraternizações de final de culto ou até nos bancos duros?
Quantas vezes nos deparamos precisando de nossos pais sacerdotes e eles não podiam nos atender por estarem ocupados em atividades da igreja?
E por falar atividades, qual o tempo que um pastor realmente dispõe de forma sistemática para brincar, correr, passear, ir ao shopping ou ao parquinho com seu filho? Criança merece atenção, precisa de tempo também para ela. E filho de pastor não é diferente de criança alguma. Ela merece ser ouvida, honrada quando mostra um desenho que acabou de fazer ou quando apresenta os trabalhinhos da escola.
Quando adolescente, o FDP, como qualquer outro adolescente, deve estar junto aos pais, sendo acompanhado, se sentido amado não de longe, mais de perto. Não monitorado, mas tendo um pai amigo, que se importa com ele.
Deus instituiu a família e ela é o primeiro ministério, é a primeira célula cristã e social. Sem família sarada, não haverá igreja sarada. Sem família sadia, não haverá sociedade sadia. E a figura paterna tem importância fundamental nesse projeto divino. Não só em termos de provisão material, mas provisão sentimental e disciplinar, o pai é a pedra central de uma coluna familiar. Uma família sem essa referência, geralmente perde o foco do que Deus planejou e sonhou.
Quantas pessoas adultas nós encontramos por aí a fora, que perderam essa referência familiar e hoje são envolvidas em traumas, em melindres e medos. Pessoas inseguras, inconstantes, duvidosas, muitas vezes problemáticas, mal resolvidas, que não conseguem dizer pra que veio ou o que estão fazendo no mundo. E quase sempre casam e formam uma nova família com os mesmo problemas que não foram tratados.
Quantas e quantas vezes nos deparamos com filhos de líderes religiosos, que passaram por todos esses traumas promovidos pelas instituições e suas normas humanas, e pior, com o consentimento de pastores que foram omissos na criação de seus filhos. Homens que se dedicaram com corações puros ao Reino de Deus e se esqueceram que seus filhos estavam ali bem pertinho, querendo apenas um “Alô filho”.
Filhos que até hoje esperam ouvir de seus pais pastores a frase diária: “Eu te amo”. Filhos que esperam até hoje ouvir a declaração de seu pai à sua mãe: “Eu te amo querida”.
Meu pai, falecido há quase 20 anos, foi um homem de Deus. Deixou-nos um legado de vida cristã maravilhoso, nos ensinou a viver em amor, a conhecer cada dia a Bíblia, nos honrou, apesar de ter tantos filhos. Ele nos instruiu no caminho que deveríamos andar que é segundo a palavra de Deus. Cada um com seu comportamento, cada um com seu jeito, mas quando se fazia necessário, ele era todo ouvido, conselheiro, amigo e até duro se fosse o caso.
Meu pastor e pai também era gente, e não sei se você sabe, mas gente erra, gente peca, gente se engana. Ele viveu seus limites pessoais e até os limites de sua época. Era que pastor não tinha carro, se locomoviam em caminhões “pau de arara”, ou de bicicletas. Um geração de homens que não tinham muita idéia de controle de natalidade, onde a informação chegava a conta gotas. Os livros com certeza eram caros.
Mas em todas as épocas, as atividades ministeriais sempre foram intensas e dar atenção merecida a filhos sempre foi uma questão delicada para todas as gerações de pastores.
Atualmente, com toda modernidade, onde vivemos a era da informação, das redes sócias cibernéticas, dos msn´s, Orkut´s, twitter´s e facebooks, ainda não conseguimos ver facilmente pastores separando tempo para filhos, brincando com eles, dedicando tempo e entendendo que eles são parte integrantes de seu ministério.
Por isso que FDP´s continuam a gritar um clamor de socorro e pedido de atenção. E quando filhos de líderes percebem que a instituição religiosa tomou todo tempo de seu pai, sua jóia mais preciosa, vem as revoltas, o desinteresse, a desmotivação, o sentimento de quem foi traído ao invés de ser atraído por algo que é fantástico que é o discipulado dentro da própria casa.
Quero aqui convocar aos pais pastores, homens que estão vivendo este momento de tristeza em seus ministérios, em que seus filhos estão afastados dos caminhos outrora pregados, que voltem as raízes do Reino que é o AMOR.
Em I Coríntios 13, o texto é bem claro quando nos fala que podemos até falar a língua dos anjos, que mesmo que tenhamos o dom de profecia e saibamos todo mistério ou conhecimento e que podemos ter uma fé capaz de remover as montanhas, ainda dermos tudo aos pobres, se não tiver AMOR, nada seremos.
Queridos, até quando entenderemos que não há nada maior que o AMOR? Será que nosso ministério é maior que o AMOR? Será que departamentos e cargos de igrejas são maiores que o AMOR? Não há nenhum tempo nem atividade maior que o AMOR. O AMOR é para todos nós. O AMOR é de pais para filhos, de irmãos para irmãos, de vizinhos para vizinhos, de genro para sogra, de esposa para esposo e vice versa. O AMOR é de ovelha para pastor, de pastor para ovelha e filho de pastor também é ovelha e diga-se de passagem, uma ovelha que foi germinada das suas próprias entranhas.
Para alcançarmos aquilo que Deus deseja em nós e em tudo que fazemos, teremos que liberar AMOR, pois tudo irá passar menos o AMOR.
Filho de pastor precisa ser amado, honrado não só pelo pai, mas honrado pela igreja local. Filho de pastor também precisa aprender a honrar e até a amar àqueles que lhe julgam e atiram as pedrinhas.
É hora de exterminar essa desvalorização histórica em nosso meio de que FDP é “coisa pra depois”. É hora de viver um tempo novo, tempo de honradez, tempo de respeito ao outro, tempo de renovação de mente, de conhecer e respeitar os outros com seus limites e defeitos. É tempo de ressaltar virtudes e qualidades. Precisamos viver um novo tempo de AMOR aos nossos irmãos em Cristo, aos irmãos de sangue, irmãos de ministério, ao nosso próximo. É tempo de falar e viver como Jesus falou e viveu: “Um novo mandamento lhes dou. Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros (Jo 13:34).NVI.
Sonhamos em ver pastores com seus filhos envolvidos em ministérios poderosos, cheio da unção do Senhor Jesus. Filhos de pastores não foram gerados para estarem no mundo, servindo ao reino das trevas, tocando em barzinhos por falta de reconhecimento e valorização. Não foram gerados para viver distanciados de planos traçados pelo próprio Deus em ministérios de homens escolhidos. Filhos de pastores são sementes que foram germinadas em oração, em dedicação ao Senhor e não frutos de um descaso religioso. Filho de pastor é a continuação de uma trajetória de fé Naquele que nos confiou uma missão de levar o seu nome, o doce nome JESUS.
Igreja não é instrumento de divisão familiar. Igreja é canal de comunhão fraterna. Igreja é encontro de santos e salvos que andam no mesmo sentimento, amor e fé.
Vivendo e compreendendo isto, cada coisa tomará o seu lugar e seu tempo e nunca mais ouviremos filhos de pastores dizerem: “SOCORRO, ROUBARAM MEU PAI!
Escrito por Luciel Rodrigues, e publicado em seu blog https://ochatofilhodopastor.blogspot.com
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Você tem nome?
29-11-2010 14:19
Na verdade, o que eu quero saber é quantas vezes na sua igreja, seja ela qual for, você foi chamado de filho de pastor, enquanto o irmão, diácono, presbítero, porteiro, etc., teve a chance de te chamar pelo nome e não chamou?
"O filho do pastor isso" ou "o filho do pastor aquilo". Ah, quando eu coloco filho, por favor, leia-se filhos e filhas. Não seria mais fácil falar "o fulano isso ou aquilo"?
O texto que eu gostaria de exemplificar está em 1 João, capítulo 3 e versos 1-2:
"1. Vede quão grande caridade nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso, o mundo não nos conhece, porque não conhece a ele.
2. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos".
Num primeiro momento o texto pode não ter muito a ver com o tema da falta de identidade que acabamos por incorporar nas igrejas dirigidas por nossos pais. É um tema legal de lidar, por isso escolhi para que fosse o primeiro. A forma como muitos filhos de pastores são tratados nas igrejas causa desde pequenos constrangimentos a traumas que muitas vezes são difíceis de curar.
O que as pessoas que nos chamam pelo nosso codinome não sabem é que, como o pastor é o anjo da igreja perante nosso Senhor, somos assim os filhos daqueles que são escolhidos por Deus para apregoar as boas novas. A partir do momento em que aceitamos a Jesus Cristo como nosso Senhor e Salvador, começamos a ser chamados filhos de Deus. Assim, todos nós somos filhos de alguém que está acima de qualquer título hierárquico de nossas igrejas.
Mais importante que nos importarmos com o fato de termos nossos nomes esquecidos é saber que, a partir do momento em que mudamos de vida, mudaremos também nossos nomes.
O apelido filho de pastor deve ser encarado como um elogio, pois digo...há muitos por aí que sonhariam em ser chamados assim. Arranje um tempinho em sua agenda lotada do dia e leia toda a 'trilogia' de João, pertinho de Judas e Apocalipse e descubra como amar aqueles que tentam transformar essa honra que temos, em ter nossos nomes trocados por filhos de pastores, em algo pejorativo. Lembre-se que, acima de tudo, nosso Pai nos concede a sua maior caridade: sermos chamados filhos de Deus!
Abraços.
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Onde foi que eu errei?
04-11-2010 15:17Este espaço é destinado a textos, vídeos e músicas que possam ser interessantes para nós. É um espaço aberto, onde você também pode opinar sobre aquilo que é postado aqui, além de também poder conhecer a opinião de outros fipas a respeitos de assuntos do nosso cotidiano.
Começamos com um vídeo do Bispo Hermes Fernandes, que trás uma pequena análise de possíveis causas para tantos fipas que não estão mais querendo nada com nada. De quem é a culpa? Existem mesmo culpados?
O que você tem a nos dizer sobre isso?
Participem!
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https://www.youtube.com/watch?v=UwH9HqVho3s
Tópico: Entre nós e por nós
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